Qualquer empresa, em qualquer setor, busca ser diferente e oferecer produtos, serviços e soluções únicas para seus clientes. Entretanto, por custos, praticidade, foco ou falta de experiência, muitas vezes utilizamos soluções “de prateleira” e acabamos usando as mesmas “armas” dos concorrentes, o que dificulta o processo de se destacar no mercado.
Por isso, em muitas ocasiões o desenvolvimento de metodologias próprias, que atendam às suas necessidades específicas e dos clientes, é muito mais estratégico do que adotar diretamente “a fórmula para o sucesso” ou o “manual com os 9 passos para vencer”. No dia a dia, é preciso encarar uma verdade poucas vezes dita: fazer o que todo mundo faz não colocará você à frente de muita gente.
Construir seu próprio caminho é, em algumas situações, uma forma eficiente de diferenciar seu negócio e reforçar os elos com colaboradores, parceiros e clientes.
É por essa razão que cada empresa de consultoria desenvolve sua própria metodologia de atuação. É por isso que os principais fornecedores de software desenvolvem seus códigos nas aplicações mais importantes. E é por isso que, seja qual for o seu negócio, desenvolver metodologias proprietárias pode te levar ainda mais longe.
Nos últimos dois anos, a PinePR – agência de relações públicas especializada em scale-ups e empresas de tecnologia e inovação – tem passado por uma grande transformação para se tornar mais focada em dados. Para nós, oferecer uma comunicação data driven não é um modismo ou um jeito pomposo de continuar fazendo o de sempre: é uma necessidade estratégica para encontrar oportunidades relevantes para nossos clientes.
A partir do momento em que começamos a trilhar esse caminho, percebemos que teríamos que ser desbravadores. Por diversos motivos:
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Para criarmos a cultura data driven na empresa: não adianta fazer um belo discurso para o time e estimular uma postura data driven se cada um de nós, no dia a dia, não atua com base em dados. Assim, a descoberta de metodologias, processos e ferramentas para fazer a gestão funciona como um trabalho coletivo, em que todo o time tem voz e contribui para melhoras.
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Para sermos mais ágeis: claro que esse é um caminho que demora um pouco para decolar. Quem desenvolve seus métodos e procedimentos precisa testar para saber se essas metodologias atendem às necessidades de todos na empresa. A vantagem é que, por conhecer o próprio produto, é possível identificar com agilidade o que faz sentido para a empresa – e as correções de rota são rápidas.
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Para termos um diferencial competitivo real: todo mundo faz planilha, todo mundo faz apresentação de resultados. O diferencial competitivo está na inteligência por trás, que permite tomar melhores decisões com base nos dados.
É claro que, no dia a dia, acontece um mix de metodologias próprias e de terceiros. Até porque algumas metodologias se tornaram um padrão que não vale reinventar. Mas essa é uma análise que precisa ser feita caso a caso. Será que os métodos que estão preconizados no Manifesto Ágil funcionam 100% para seu negócio? Quantos ajustes são necessários? No dia a dia, entre o preto e o branco existem inúmeras variações – e cada um de nós precisa encontrar a sua.
Em nossa experiência nos últimos anos, percebemos que vale muito a pena desenvolver metodologias proprietárias em três casos específicos:
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A metodologia será usada apenas internamente: a grande vantagem de qualquer metodologia, processo ou ferramenta padronizada (do Excel à língua portuguesa, passando por relatórios contábeis) é a sua interoperabilidade – a capacidade de ser entendida por todos e usada da mesma forma. Dentro de casa, a “língua do pê” pode funcionar até melhor.
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A visão é de longo prazo: as metodologias proprietárias fazem sentido se o horizonte de tempo é amplo. Somente assim é possível treinar as equipes, aperfeiçoar o método para se encaixar a todas as necessidades da empresa e gerar mais benefícios.
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Os dados são usados para impulsionar o negócio: esse é, na minha visão, o ponto mais importante. Metodologias proprietárias precisam trazer benefícios tangíveis para o negócio. É por isso que não faz sentido criar metodologias próprias em áreas que não são core para o negócio. Afinal, para que gastar tempo para reinventar a roda se essa “nova roda” fará o mesmo que a antiga?
Se uma questão de negócio preenche esses três pontos, aí sim vale a pena dedicar esforço e tempo para criar uma metodologia própria. Caso contrário, o padrão de mercado funciona bem.
No caso da PinePR, o desenvolvimento de metodologias proprietárias, como o modelo de dashboard para a gestão dos objetivos-chave de negócio (OKR), é uma forma de obter um diferencial em áreas que, em uma visão de longo prazo, são essenciais para o sucesso. Ao lidar com prospects, leads e clientes, observamos que metodologias proprietárias em áreas-chave ajudam a preservar valores únicos do negócio e nos ajudam a evidenciar os diferenciais da empresa.
Metodologias proprietárias também agregam valor por oferecerem novos olhares sobre os dados. Dessa forma, podem surgir novos insights, ideias e ações – que geram resultado para os clientes e nos posicionam de forma ainda mais destacada.
Estamos em uma era data driven – em que seremos cada vez mais impulsionados por dados. Não importa o volume de informações que temos, e sim o fato de que essas informações, quando “encapsuladas” em metodologias proprietárias, se tornam menos replicáveis em outros ambientes. É por isso que uma estratégia de dados própria tem grande valor defensivo, protegendo suas informações.
Seja qual for o viés que você adote, o ideal é avaliar a possibilidade de desenvolver suas próprias metodologias em áreas que sejam essenciais para o seu negócio e que possam gerar diferenciais competitivos. Não somente temos tido um aprendizado incrível, como também reforçamos a cultura da empresa e estamos construindo relacionamentos de longo prazo com colaboradores, parceiros e clientes. Uma relação altamente vencedora.